Atitude Empreendedora: o que você precisa saber sobre parcerias

07 dez | 4 minutos de leitura

“Reunião de indivíduos para alcançar um objetivo comum”. Essa é a definição de parceria. Temos, socialmente, um vício de linguagem de usar o termo “parceiro” para diversos tipos de relação que temos no mercado, não é mesmo? Você já parou para pensar se as pessoas e/ou empresas que você considera como parceiras realmente estão agregando ao seu negócio? E sobre novas parcerias, já analisou como o relacionamento com pessoas do mercado pode te ajudar a alcançar objetivos?

Costumamos ouvir que, em Juiz de Fora, especialmente, parceria é tudo. E concordamos com essa afirmativa. Afinal, a força das conexões e até a associação de marcas realmente podem abrir muitas portas, expandir o alcance da comunicação e melhorar a percepção de marca, entre outras oportunidades.

Porém, estabelecer critérios para a formação de parcerias é fundamental. Ou você pode acabar rodeado de várias frentes de parceiros, com objetivos e acordos diversos, e não chegar a resultados sólidos para o seu negócio.

Vamos, então, com a nossa expertise como empreendedoras e também como profissionais atuantes do mercado de Relações Públicas (uma das nossas frentes), provocar três reflexões para que você aproveite o fim de ano para rever seu conceito sobre parceria – e, quem sabe, até romper ou iniciar novos laços no mercado.

 

1) Ganha-ganha

Essa premissa parece básica, mas no nosso dia a dia podemos acabar esquecendo. Parceria para dar certo precisa se basear no “ganha-ganha”, ou seja, a balança tem que estar equilibrada para ambos os lados obterem os benefícios gerados com essa relação. Simples, não é? Era para ser! Mas vemos na realidade de muitos clientes algumas relações que chegam a ser até abusivas, seja por uma parceria com o negócio de alguém da rede pessoal ou mesmo por deixar a coisa andar sem sequer se questionar.

Um exemplo clássico: “você presta o seu serviço em troca da minha divulgação”. Pode ser um caminho interessante, claro, que muitas vezes agrega. Mas em muitos casos vemos um esforço muito grande de um lado, com dedicação de tempo, energia, matéria-prima, e uma falta de cuidado do outro em realmente cumprir e divulgar o trabalho com qualidade. A dica é: analise se realmente essa divulgação vale seu esforço, formalize a parceria por e-mail (a maioria das pessoas não registra o que foi combinado e sofrem prejuízos), acompanhe o cumprimento do acordo pelo parceiro e dê feedback (se foi legal, para manterem, ou se não!).

 

2) Afinidade real de público

A primeira pergunta que deve ser feita antes de formalizar uma parceria é: temos o mesmo público de interesse? Pode ser que você seja convidado a entrar de parceiro em um evento, por exemplo. Antes de se jogar à empolgação do “sim, claro”, compreenda se o público presente no evento tem características que realmente são interessantes para o contato com sua marca. Muitas vezes o número de pessoas presentes não é o mais importante, e sim se esse grupo faz parte da segmentação em que você atua!

Divulgar por divulgar você pode fazer por conta própria de forma assertiva. Então tope parcerias que realmente vão somar para que você chegue ao público que faz sentido para o seu negócio! Afinal, parceria é para alcançar objetivos em comum, lembra? Então se associe a pessoas e negócios que tenham afinidade com seu propósito e seu posicionamento de mercado!

 

3) O verdadeiro valor da permuta

O troca-troca de serviços ou produtos sem envolver dinheiro é realmente tentador, concorda? Uma forma, à primeira vista, de baratear uma necessidade – aí que podemos nos enganar! Para a permuta realmente valer a pena, a primeira reflexão a ser feita é: “eu realmente uso e preciso desse serviço/produto? É algo a que eu já dedico parte da minha verba e estaria diminuindo custo com a permuta? É algo que sempre quis fazer, mas não tive oportunidade até então?”. Se sim, excelente! Se não, você pode acabar efetivando uma parceria sem usar sua parte do benefício, seja por falta de tempo ou por realmente não ser um item importante para você.

Um outro ponto essencial quando tratamos de permuta é a relação de valores. Um exemplo: se o meu serviço custa R$ 150,00 e o do meu parceiro custa R$ 50,00,  para termos um equilíbrio, o ideal é que eu utilize três vezes mais o dele para equalizarmos a relação. Pode não parecer amigável pensar nisso, mas não é porque a troca não envolve dinheiro que ela precisa ser desequilibrada. Parcerias saudáveis nesse aspecto geram menos frustrações e costumam durar mais.

 

Estabelecer boas relações e parcerias é uma excelente estratégia de negócio! Se você aplicar esses três raciocínios, as chances de sucesso são ainda maiores!

E aí, você tem alguma experiência boa ou ruim com parcerias? Conte para a gente!


Sócias-diretoras da Consultoria para Mulheres.