Faixa por Faixa: Basement Tracks ratifica talento muito acima da média com álbum Rave On

18 maio | 3 minutos de leitura

Leia análise deste ótimo trabalho

Formada no ano de 2011, a banda juiz-forana Basement Tracks lançou nesta semana o álbum Rave On. Após o EP Songs From The Orange, de 2015, o grupo divulgou o single do novo projeto, Going Back, em maio de 2017. Agora, um ano depois, o disco com nove músicas está disponível digitalmente para os amantes de música boa.

O material foi gravado no estúdio Maquinaria e mixado no Nooa Studio, do Rio de Janeiro. A produção de Rave On está ótima, e as canções que compõem o álbum apresentam um Rock visceral que flerta com o psicodélico. Confira abaixo uma análise do álbum de estreia do Basement Tracks em mais um Faixa por Faixa.

E fique ligado, pois o lançamento oficial do álbum Rave On será realizado neste sábado, 19, no Muzik.

 

Sunkissed

Com um riff de guitarra digno do R.E.M., Sunkissed mescla uma obscuridade melódica com um instrumental agradável. Um princípio de melancolia alegre e bom de se ouvir. Uma bela junção da psicodelia sessentista com o rock norte-americano alternativo dos anos 1980.

 

Daydreamin’

Esta faixa é uma demonstração de boa mixagem. Os delays e reverbs dos instrumentos e da voz compõem de forma impecável a música, que conta com um solo muito agradável e uma das letras mais interessantes. Destaque para o verso “I know maybe I should go deep and I’m sure I’m not what they need (Eu sei que talvez eu devesse ir mais a fundo e eu tenho a certeza de que eu não sou o que eles precisam)”, que serve como uma bela motivação para aqueles que estão precisando de novos estímulos e projetos na vida.

 

Going Back

Lançada no ano passado, Going Back é uma das faixas mais impactantes do álbum. A melodia fica na cabeça e o baixo é o elemento instrumental mais destacável da canção. Uma bela escolha de single, pois a música se apropria, de maneira positiva, dos elementos mais abstratos e ousados das bandas britânicas dos anos 1960, como The Who, The Beatles e Pink Floyd. E de uma forma aperfeiçoada, em alguns momentos de transição presentes na faixa.

 

Blooming Inside

O início com Strings é uma premissa interessante do que estava por vir. Blooming Inside é uma das músicas mais animadas do álbum, muito por conta da bateria empolgada e do baixo swingado.

 

There Are Interactions Between Galaxies

Seguindo a linha cósmica, There Are Interactions Between Galaxies é uma viagem musical interessante e, em alguns trechos, perturbadora (no melhor sentido da palavra). As guitarras apresentam timbres “pink floydianos” e riffs que se juntam muito bem com o teclado e a bateria da parte final.

 

Triangles

Triangles é uma celebração ao Rock and Roll. A distorção mais suja das guitarras e a bateria com uma pegada clássica do estilo fazem com que a música seja uma das mais simples e, ao mesmo tempo, mais legais do álbum. Uma canção que deve ficar ainda melhor em shows.

 

Melody

“One of these days I fantasized of being here I realized I had no time for blaming (Um dia desses eu fantasiei sobre estar aqui e realizei que não tinha tempo para culpar)”. Esses ótimos versos dão início à Melody, uma das melhores do álbum. Destaque para o bom entrosamento da banda, que fica claro durante as boas viradas da música, extremamente encaixadas. Ouça a faixa até o fim, pois os sintetizadores e as guitarras possuem uma linha narrativa musical bem própria na estrutura da música.

 

The Glow

David Bowie gostaria de ouvir esta música. Essa definição pode parecer simples, mas diz muito sobre The Glow. Uma balada meio espacial composta por bons elementos musicais. O ritmo da faixa parece acompanhar o contexto lírico e melódico, fazendo com que a experiência seja espetacular.

 

Cycle

A música mais curta do álbum também não deixa a desejar. Cycle é um bom encerramento para Rave On, pois consegue envolver, em menos de dois minutos, quase tudo que a banda incluiu durante as outras oito faixas.

 

Ouça o álbum completo:

 

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Faixa por Faixa Da Tempestade ao sol, da banda Obey!

Faixa por Faixa Concebido por Acaso na Terra, da banda Blend 87